
Metodologias ativas e transversais na abordagem curricular turma T2/2025
Destinatários
Educadores de Infância, Professores do Ensino Básico e Secundário e Professores da Educação Especial
Releva
Para os efeitos previstos no n.º 1 do artigo 8.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Educadores de Infância, Professores do Ensino Básico e Secundário e Professores da Educação Especial. Para efeitos de aplicação do artigo 9.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores (dimensão científica e pedagógica), a presente ação não releva para efeitos de progressão em carreira.
Objetivos
5. No final desta oficina pretende-se que os professores planifiquem, concebam e implementem uma intervenção com os seus alunos de acordo com o seguinte: Compreender aspetos concetuais que caraterizam as metodologias de aprendizagem ativas, como Metodologia de Trabalho de Projeto; Aprendizagem Baseada em Resolução de Problemas; Perspetivas de Aprendizagem por metodologia de Inquiry; Descoberta Orientada e/ou Estudos de Caso. Desenvolver a capacidade de intervenção e desenvolvimento de metodologias ativas de aprendizagem, desde a sua conceção, até à sua reflexão e avaliação.
Conteúdos
Sessões presenciais: Sessão 1 (3h) Objetivos, resultados esperados, aspetos metodológicos, articulação entre as sessões presenciais e autónomas e avaliação da Oficina de Formação. Contextualização da Oficina relativamente às atuais orientações curriculares. Sessão 2 (3h) Desenvolvimento profissional docente e a organização de metodologias ativas, colaborativas e participativas. Clarificação concetual de Integração Curricular, Transdisciplinaridade e Interdisciplinaridade. Conceção e construção de uma atividade orientada para aprendizagem ativa. (Projeto; Descoberta Guiada; Resolução de Problemas). Sessão 3 (3h) Clarificação acerca das especificidades metodológicas no desenvolvimento de competências. Seleção e definição de cada uma delas. Aspetos metodológicos comuns a metodologias de aprendizagens ativas. Sessão 4 (3h) Aspetos metodológicos específicos do pensamento criativo com base na resolução de problemas. Atividade de aplicação de uma modalidade metodológica de desenvolvimento do pensamento crítico e do pensamento criativo. Sessão 5 (3h) A pertinência da organização de equipas colaborativas de trabalho e de utilização de plataforma de comunicação (TIC). Em grupo, acessível a professores e alunos. A definição de critérios para a formação de equipas de trabalho entre os alunos. Ponto da situação relativa às atividades implementadas em sala de aula reflexão conjunta. Sessão 6 (4h) Reflexão em torno das caraterísticas de uma avaliação autêntica das diferentes competências desenvolvidas. Orientações para a construção de dispositivo de avaliação que respeite as caraterísticas de autenticidade, consistência, mobilização, transparência e praticabilidade, ajustado às atividades ativas de aprendizagem. Definição de competências a avaliar. Seleção de descritores e indicadores. Instrumentos de avaliação: Apresentação das caraterísticas de cada um e sua seleção. Sessão 7 (3h) Análise conjunta das diferentes propostas de dispositivos de avaliação concebidos. Construção de materiais que se adequem à sua aplicação. Planificação da organização da sessão final de demonstração e apuramento de resultados da Oficina de Formação. Sessão 8 (4h) Apresentação das diversas atividades desenvolvidas, em contexto, pelos formandos. Auto-avaliação e avaliação entre os pares dos resultados da Oficina de Formação.
Metodologias
Presencial: De acordo com a perspetiva de formação ação reflexão ação, as sessões presenciais terão uma articulação com as sessões de trabalho autónomo. As metodologias, como atrás foi referido, terão uma articulação constante entre as sessões presenciais e o trabalho autónomo a desenvolver, procurando sempre a reflexão ação. Procurar-se-á, sempre que possível, recorrer a trabalho colaborativo, à partilha de práticas e de conhecimentos procurando a pro-atividade dos participantes; dinâmicas de grupo; trabalho orientado; momentos de apresentação dos trabalhos produzidos; reflexão e avaliação formativa; aprofundamento teórico do que se trabalhou e lançamento do trabalho autónomo entre sessões e trabalho individual e em grupo. Trabalho Autónomo: O trabalho autónomo será desenvolvido a par das sessões presenciais e em articulação com as abordagens efetuadas. Até à sessão 5 os participantes nesta Oficina deverão utilizar 10 horas do trabalho autónomo para planearem a sua própria intervenção com os seus alunos, que será objeto de análise em reflexão conjunta na sessão 5. A reflexão em torno da avaliação dessas atividades e que terão suporte concetual na sessão 6 possibilitará a adequação do dispositivo de avaliação à atividade já planeada, para esta fase prevê-se a utilização de outras 10 horas de trabalho autónomo de modo a permitir reflexão acerca de processos de avaliação ajustados às práticas pedagógicas ativas de aprendizagem. Finalmente após a sessão 7 será necessário concluírem a implementação com os respetivos alunos, de modo a organizarem todas as evidências para a sessão final pelo que serão necessárias pelo menos mais 5 horas de trabalho autónomo.
Avaliação
A avaliação será contínua, individual e em grupo, privilegiando-se o desempenho, participação e integração dos formandos no grupo de formação em cada uma das sessões realizadas. Os formandos serão avaliados em função da estruturação de um portefólio (grupo) e de um relatório de reflexão (individual), que traduza todo o trabalho produzido nas sessões presenciais e não presenciais, tendo em conta a pertinência, adequabilidade dos materiais produzidos, criatividade, organização, atualidade e apresentação. A escala de avaliação é compreendida entre 1 e 10 valores, sendo que a aprovação na Oficina de Formação dependerá da obtenção de classificação igual ou superior a 5 valores e da frequência mínima de 2/3 do total de horas presenciais conjuntas da ação. As percentagens de ponderação serão as que vigoram no centro de formação e aprovadas pela Comissão Pedagógica a aplicar à modalidade de Oficina de Formação.
Bibliografia
BARREIRA, Aníbal & MOREIRA, Mendes (2004) Pedagogia das Competências da teoria à prática. Porto: Edições ASA.CANAVARRO, José Manuel (1999) Ciência e Sociedade. Coimbra: Quarteto Editora.COSME, Ariana (2009) Ser professor: A ação docente como uma ação de interlocução qualificada. Porto: LivPsic.COSME, Ariana (2018) Autonomia e Flexibilidade Curricular Propostas e Estratégias de Ação. Porto: Porto Editora.LEITE, Carlinda & FERNANDES, Preciosa (2002) Avaliação das Aprendizagens dos Alunos Novos contextos novas práticas. Porto: Edições ASA.