
Construir Pontes entre a Escola e o Museu - O Palácio de Queluz como Ferramenta Pedagógica turma T1/2025
Apresentação
O contacto com o património histórico, artístico e cultural, além de ser uma fonte inesgotável de conhecimento, é, sem dúvida, uma das mais eficazes. Associar o património histórico como fator de identidade cultural e através dele educar a sensibilidade estética, tornam-se ferramentas que ajudam a desenvolver a curiosidade, a criatividade e o espírito crítico. Estes princípios tornam-se relevantes se tivermos em conta que as Escolas se debatem com o desinteresse dos alunos pelos conteúdos curriculares, a falta de cooperação entre pares, o desrespeito pela diversidade, a falta de referências culturais. Perante tamanha heterogeneidade, desenvolver competências e consolidar os conteúdos torna-se prioritário. As artes, em particular as artes plásticas, quando contextualizadas, tornam-se instrumentos pedagógicos únicos e transversais às diversas áreas do conhecimento, e o património histórico - porque fornece referências culturais sólidas e permite que a diversidade de olhares proporcione a diversidade de perspetivas - propaga a tolerância, cria laços afetivos, incita à cooperação e contribui para a compreensão do mundo que nos rodeia. No cenário singular que é o Palácio de Queluz, pretende-se que os professores - através da exploração de obras de arte e da realização de atividades práticas - reflitam, produzam e apliquem ferramentas e/ou estratégias pedagógicas inovadoras e facilitadoras no desenvolvimento dos currículos e na afirmação de uma escola inclusiva.
Destinatários
Educadores de Infância, Professores dos Ensinos Básico e Secundário e Professores de Educação Especial
Releva
Para os efeitos previstos no n.º 1 do artigo 8.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Educadores de Infância, Professores dos Ensinos Básico e Secundário e Professores de Educação Especial. Para efeitos de aplicação do artigo 9.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores (dimensão científica e pedagógica), a presente ação não releva para efeitos de progressão em carreira.
Objetivos
-Aproveitar a riqueza e singularidade do Palácio de Queluz como espaço de aprendizagem para as diversas áreas do conhecimento; -Dotar os docentes de recursos e estratégias adequadas e atualizadas para a exploração do espaço museológico a partir da diversidade de perspetivas proporcionadas por cada área disciplinar; -Incrementar,através da fruição das obras de arte,a prática pedagógica do ensino nas várias disciplinas; -Produzir materiais didático-pedagógicos inovadores que se ajustem e/ou complementem os currículos escolares de forma a serem explorados em contexto de sala de aula e de forma transversal nas diferentes disciplinas; -Criar estratégias que favoreçam hábitos de salvaguarda do património,associando-o à identidade cultural dos alunos e,consequentemente, os envolver na preservação e responsabilização pelos espaços e tempos culturais; -Refletir sobre práticas pedagógicas que promovam aprendizagens em diversas áreas,bem como a colaboração e o respeito pelos outros e pela diversidade.
Conteúdos
1. Enquadramento temático. (Sessão 1 - presencial - 3h) 1.1. Apresentação; explicação das atividades propostas; apresentação dos objetivos e do processo de avaliação. 1.2. Introdução à história do Palácio Nacional de Queluz. 2. O Palácio como fonte de conhecimento e local privilegiado no processo de aprendizagem - As múltiplas oportunidades de conhecimento gerado através da exploração do espólio museológico: diversidade de perspetivas a partir das diferentes disciplinas. (Sessões 2, 3, 4, 5 - síncronas - 8h) 2.1 Contextualização histórica 2.1.1. O tempo de D. José, de D. Maria I, de D. João VI e de D. Pedro IV: entre o absolutismo e o liberalismo em Portugal. 2.2. Os arquitetos Mateus Vicente de Oliveira, Jean-Baptiste Robillion e Manuel de Sousa Caetano. 2.2.1. O barroco, o rococó e o neoclássico presentes nas diversas manifestações artísticas: na arquitetura, na decoração dos espaços interiores, na pintura, na escultura e nos jardins à francesa. 2.3. Aspetos da vida quotidiana na corte: a quinta de recreio de Queluz - a residência de veraneio no século XVIII: os momentos de ócio e de entretenimento, a religião, a higiene e o modo de vestir, as refeições diárias e os banquetes, a educação do Príncipe Herdeiro. 2.4. Aspetos da vida quotidiana na corte: Queluz enquanto residência oficial da família real, no século XIX: o incêndio da Real Barraca da Ajuda, a demência de D. Maria I, as invasões francesas, a partida da família real para o Brasil e o seu regresso, o exílio de D. Carlota Joaquina. 3. A visita de estudo como estímulo à fruição do espaço museológico. (Sessão 6 - presencial - 4h) 3.1. A observação, a reflexão e a interpretação da obra de arte como formas de sentir e exercitar a imaginação numa viagem de descoberta. 3.2. O museu e o despertar da criatividade. 4. Produção de recursos. (7h - trabalho autónomo) 4.1. Realização dos desafios propostos após cada sessão síncrona. 4.2. Produção de materiais/ferramentas/estratégias para a sala de aula. 5. Reflexão, debate e partilha de ideias. (Sessão 7 - presencial - 3h) 5.1. Apresentação dos materiais/ferramentas/estratégias produzidos pelos formandos.
Metodologias
Estrutura do Curso: -Apresentação; regime de avaliação; bibliografia e webgrafia essenciais; introdução à história do Palácio de Queluz (sessão 1). -Exploração dos diversos temas relacionados com o quotidiano de corte em Queluz nos séculos XVIII e XIX: Queluz - quinta de veraneio vs Queluz - residência oficial da família real (sessões 2,3,4,5). -Realização de desafios (trabalho autónomo, após cada sessão síncrona), de modo a promover uma maior dinâmica das sessões. -Visita ao Palácio de Queluz: fruição do objeto artístico autêntico; exploração, em contexto, dos conteúdos abordados nas sessões síncronas (sessão 6). -Apresentação dos recursos pedagógicos realizados por cada docente (sessão 7) e estímulo à partilha de memórias, sugestões e experiências. -Trabalho autónomo (sessões assíncronas): consiste em sete horas, distribuídas da seguinte forma: quatro horas para a realização do recurso didático e uma hora (no total de três) após cada sessão síncrona para a realização dos desafios.
Avaliação
A avaliação dos Formandos decorre em conformidade com o Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, de acordo com a Carta Circular CCPFC-1/2008.
Bibliografia
Braga, P. (2013), D. Pedro III: o Rei Esquecido, Círculo de Leitores.Ferro, Maria Inês (1998), Queluz O Palácio e os Jardins, Londres, IPPAR / Scala Books.Pires, A. (1925), História do Palácio Nacional de Queluz, vol. I, Coimbra, Imprensa da Universidade.Hooper-Grennhil, Eilean (1998), Museum and Gallery Education, London, Leicester University Press.Ramos, L. (2010), D. Maria I, Lisboa, Temas & Debates.
Formador
Ana Rosa de Noronha da Costa Bispo
Cronograma
Sessão | Data | Horário | Duração | Tipo de sessão |
1 | 08-05-2025 (Quinta-feira) | 17:30 - 20:30 | 3:00 | Presencial |
2 | 08-05-2025 (Quinta-feira) | 20:30 - 21:30 | 1:00 | Online assíncrona |
3 | 15-05-2025 (Quinta-feira) | 17:30 - 19:30 | 2:00 | Online síncrona |
4 | 15-05-2025 (Quinta-feira) | 20:30 - 21:30 | 1:00 | Online assíncrona |
5 | 22-05-2025 (Quinta-feira) | 17:30 - 19:30 | 2:00 | Online síncrona |
6 | 22-05-2025 (Quinta-feira) | 19:30 - 20:30 | 1:00 | Online assíncrona |
7 | 29-05-2025 (Quinta-feira) | 17:30 - 19:30 | 2:00 | Online síncrona |
8 | 29-05-2025 (Quinta-feira) | 19:30 - 20:30 | 1:00 | Online assíncrona |
9 | 05-06-2025 (Quinta-feira) | 17:30 - 19:30 | 2:00 | Online síncrona |
10 | 14-06-2025 (Sábado) | 09:00 - 13:00 | 4:00 | Presencial |
11 | 14-06-2025 (Sábado) | 14:30 - 17:30 | 3:00 | Online assíncrona |
12 | 18-06-2025 (Quarta-feira) | 17:30 - 20:30 | 3:00 | Presencial |