Apresentação

Pode a voz de um professor ser criativa? Como é que os alunos “interpretam” a voz de um professor numa sala de aulas? Matérias como a matemática ou o português podem ser assimiladas mais facilmente por uma turma através de sons criativos emitidos pela voz do professor? Este segundo nível serve exatamente para dar resposta a estas questões. Depois de no primeiro nível se ter abordado a voz enquanto instrumento de trabalho que comunica uma mensagem, o que se pretende agora é dotar os formandos de um conjunto de técnicas, associadas à expressão dramática e aplicadas ao trabalho de voz, no sentido de os mesmos puderem estabelecer uma nova estratégia de comunicação com os seus alunos. Uma estratégia que possa auxiliar um professor na tarefa diária de ensinar matérias de forma lúdica, utilizando o seu aparelho vocal não apenas como um instrumento de trabalho mas sim como um “diapasão” criativo capaz de “afinar” o ouvido dos alunos, cativando-os para o que lhes está a ser ensinado. Se no NÍVEL I os formandos reconheceram que tem uma oralidade, e um timbre de voz que pode ou não ser eficazmente ouvido pelos seus alunos, agora vão ter a oportunidade de aprender a usar a sua voz para serem melhor entendidos na sala de aula.

Destinatários

Educadores de Infância, professores dos ensinos básico e secundário e educação especial

Releva

Para os efeitos previstos no n.º 1 do artigo 8.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Educadores de Infância, professores dos ensinos básico e secundário e educação especial. Para efeitos de aplicação do artigo 9.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores (dimensão científica e pedagógica), a presente ação não releva para efeitos de progressão em carreira.

Objetivos

1 – Descobrir com cada um dos formandos um sentido criativo aplicado à sua voz. 2 – Responder às ansiedades de todos os professores que sabem que os seus alunos ouvem mas nem sempre aderem ao que lhes é dito. 3 – Proporcionar um espaço de reflexão e aprendizagem sobre a importância de se aplicar ao ensino convencionado algo de pouco convencional que ajude a dinamizar a sala de aula. 4 – Dotar os formandos de um conjunto de técnicas relativas ao trabalho da voz que, quando aplicadas, podem auxiliar a comunicação na sala de aula. 5 – Refletir com os formandos sobre a realidade em que estão inseridos, dentro e fora da escola, a partir da descoberta de uma voz que apesar de ser individual, comunica com o coletivo.

Conteúdos

1 – Técnicas de aquecimento e descontração da voz (recuperação de alguns exercícios ensinados no NÍVEL I). Três horas. 2 – A palavra criativa (noções gerais de dição, leitura e apresentação de um texto decorado). Três horas. 3 – A voz e os seus fundamentos criativos (aprendizagem de técnicas da Expressão Dramática associadas ao trabalho de 08/11/2020 CCPFC - Gestão de Processos www.e-processos2.ccpfc.uminho.pt/p2_acc_desp/imprimir.php?codigo=95017 2/2 Processo Data de recepção 25-05-2016 Nº processo 93546 Registo de acreditação CCPFC/ACC-87279/16 Data do despacho 07-06-2016 Nº oficio 4070 Data de validade 07-06-2019 Estado do Processo Acreditação c/ Data de Validade expirada voz). Três horas. 4 – O Role Play (a descoberta da voz do “outro” seja ele aluno, colega, encarregado de educação, funcionário, etc, a partir de uma voz inventada e interpretada). Três horas. 5 – A voz social (exercícios práticos de reconhecimento de vários estilos de linguagem de grupo). Três horas. 6 – A voz dinâmica (noções gerais de team building aplicadas à voz; dinâmicas de grupo a partir de jogos vocais). Três horas. 7 – A voz performativa (criação de um momento performativo passível de ser aplicado numa sala de aula; dramatização vocal de uma matéria). Três horas. 8– Análise e debate final das competências ministradas. Avaliação prática individual dos formandos. Quatro horas.

Metodologias

As aulas são práticas. Os formandos irão trabalhar individualmente e em grupo, utilizando a sua linguagem corporal associada ao seu aparelho vocal. Cada aula terá um período de aquecimento da voz no início e um de descontração no final. Na fase final da formação os formandos são convidados a simularem no espaço onde a formação decorre a simularem a sua própria sala de aula onde “atuam” diariamente. Esta simulação será útil para por em prática de forma efetiva às competências ministradas. Também vai servir para que cada formando reflita sobre a realidade escolar em que está inserido.

Avaliação

Os formandos serão avaliados numa escala de 1 a 10, de acordo com os critérios definidos pela Comissão Pedagógica do Centro de Formação. Durante a ação de formação, será realizada uma avaliação contínua das aprendizagens realizadas por todos os formandos, tendo por base as atividades individuais e grupais 1 – Participação e criatividade nas competências de âmbito criativo, 4 Valores. 2 – Aprendizagem e desenvolvimento nas competências de âmbito técnico aplicados na parte final da formação, 3 valores. 3 – Apresentação individual da aplicação das metodologias ensinadas, 3 valores.

Bibliografia

ALVIM, Décie Ferraz, Nobre Arte de falar em Público e Desenvolvimento Pessoal, Rio de Janeiro, Edições de Ouro, Biblioteca Mentor-Cultural, s.d.BOAL, Augusto, 200 Exercícios e Jogos Para O Actor E Não Actor com Ganas de Dizer Algo Através Do Teatro, lisboa, Coooperativa de Acção Cultural, SCARL, 1977VIEIRA, Margarida Magalhães, Voz e Relação Educativa, Lisboa, Edições Afrontamento, 1998.PEASE, Allan, O Pequeno Livro da Linguagem Corporal, Lisboa, Editorial Bizâncio, 2002VAYER, P. & RONCIN, C. , Psicologia das actividades corporais, INSTITUTO PIAGET, Lisboa, 2004

Cronograma